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Nossa sociedade criou leis e normas que ao nos libertar, também nos aprisiona; que ao
contemplar alguns, excluem os demais. Todos os sujeitos que não seguem esta norma social
são chamados de sujeitos marginais e vistos também como transgressores. Estes sujeitos sofrem
com o peso atribuído à palavra de forma equivocada, uma vez que a palavra transgressão é
carregada de preconceitos, vista como algo negativo no âmbito jurídico e social, por ser
colocada como sinônimo de pecado pela religião cristã. Todavia, ao sair da esfera religiosa,
percebemos que não existe nada de subversivo na transgressão, pelo contrário, se abre uma
possibilidade para os indivíduos que não se encontram nesta normatividade social. A escrita e
o cinema de Pedro Almodóvar, cineasta espanhol, são vistos como transgressora por retirar os
indivíduos marginais sob a luz amarela dos postes e da exclusão social, e colocá-los na meia
luz do cinema dando-lhes protagonismo e um espaço para ecoarem sua voz. Deste modo, nosso
trabalho externará através dos contos de uma sex simbol pornô, em Patty Diphusa (1991), e da
religião contra a sexualidade, em Má educação (La mala educación, 2004), um olhar diferente
sobre a transgressão e os sujeitos transgressores, com base em um aporte teórico de estudiosos
como Michel Foucault, em El prefacio de la transgresión (1994) e Las redes del poder (1976),
Georges Bastaille (1954?), Sanjorge (2002) y Tornos Urzainki (2010). |
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