Resumo:
Tendo em vista, a perspectiva teórica da Análise do Discurso - AD francesa
desenvolvida por Michel Pêcheux, que recebeu influências tanto de Benveniste,
quanto de Bakhtin, no que se refere ao sujeito discursivo e, sabendo também que
ela é um entrelaçamento de áreas do saber como a história, a psicanálise e a
linguística, buscou-se desenvolver um trabalho que se propôs refletir e analisar
discursivamente o sujeito, enquanto ser subjugado diante de ideologias
socioculturais que remontam tempos inexatos na história, e que se perpetuam até os
dias atuais, calando a voz e, por consequência, a subjetividade de mulheres que não
foram alfabetizadas. Dessa forma, buscou-se retratar a postura e direitos (e a falta
deles) das mulheres timorenses, principalmente as que sofrem segregação por
terem sido escolarizadas, e como esse fator é determinante no olhar que a
sociedade lança sobre elas. Como embasamento teórico para a pesquisa tomou-se
as bases conceituais de autores como Fernandes (2007), Fiorin (2008), Mazolla
(2009), entre outros. Para tanto, foi utilizado um “corpus” composto com quatro
imagens de mulheres com faixas etárias diferentes, mas sendo duas delas
alfabetizadas e as outras duas analfabetas e, ainda, um depoimento de uma mulher
de meia idade analfabeta, para analisar como as regras ideológicas impostas
contribuem para sua realidade de inferiorização e estigmatização social.
Descrição:
AMARAL, I. Mulheres de Timor-Leste: analfabetismo e subjetividade. 2016. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - com habilitação em Língua portuguesa) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.