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Trata-se de uma problematização sobre as demandas historiográficas do Teatro no Brasil,
mediante reflexões acerca dos procedimentos metodológicos em pesquisas teatrais, uma vez
que escrever sobre teatro é lidar com a ausência quase constante de seu objeto de estudo,
fundamentada nas discussões feitas por Guinsburg; Patriota (2012), Brandão (2001-2010) e
Rabetti (2006). A partir desta motivação, buscou-se refletir sobre uma história do teatro
brasileiro para além do eixo Rio-São Paulo, preenchendo os pontos escuros sobre a tradição
teatral paraibana, especificamente em Campina Grande. Lourdes Ramalho, nesta pesquisa,
funcionou como âncora e porto seguro, visto que, com base em suas influências, visou-se uma
melhor compreensão do cenário teatral campinense, cujo incentivo trouxe à tona diferentes
formas de fazer e pensar teatro em nossa região, que é possível recuperar pelas contribuições
dadas por Andrade (2012); Maciel (2012). A fim de aplicar tais questões, tomou-se a articulação
entre texto e cena, através das discussões em torno da peça "Os Mal-Amados" – cujo texto é
de 1976 e montagem do ano de 1977 --, executando-se uma pesquisa documental, pela qual
elencou-se questões cruciais relacionadas ao tema, à forma e à recepção crítica da peça. Esta
pesquisa explicita a importância do teatro para o desenvolvimento da cultura de um povo,
que se enxerga e se reconhece na escrita ramalhiana, uma vez que suas peças trazem
personagens, temas e linguagem que refletem o regionalismo e que indica a necessidade de
tratar de modo mais aprofundado sobre uma história que ainda espera ser escrita. |
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