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O principal objetivo deste estudo é discutir as contribuições da prática de contação de histórias na Educação Infantil, para o desenvolvimento da oralidade e do gosto pela leitura, por crianças que frequentam esse nível da educação, a fim de que possamos, dentre outros, identificar a importância do planejamento e execução desta prática na rotina pedagógica de instituições escolares. Trata-se de um estudo de natureza longitudinal e de caráter qualitativo. Os dados foram coletados em uma instituição de Educação Infantil, da rede privada de ensino, localizada na cidade de Alcantil-PB/Brasil, numa turma denominada de maternal II, durante os meses de fevereiro a novembro de 2017. Os sujeitos investigados foram 08 crianças de 03 anos de idade e a professora na condição de pesquisadora. Para a coleta de dados, foram utilizados vídeos gravações e anotações escritas em Diário de Campo. As gravações e as anotações focaram situações planejadas e espontâneas de contação ou de reconto das histórias, entre a professora/pesquisadora e crianças, e entre as próprias crianças, em meio à rotina pedagógica da instituição investigada. Partimos da compreensão de que o uso do livro (texto literário) em sala de aula é essencial para a formação do leitor (ZILBERMAN, 2003), e de que o ambiente escolar deve favorecer à criança momentos prazerosos com a leitura. Para a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) ouvir a leitura de textos pelo professor é uma das possibilidades mais ricas de desenvolvimento da oralidade. O estudo evidenciou, dentre outras, que o desenvolvimento da oralidade se dá num processo de interação social, entre a criança e os indivíduos que a cercam, sendo assim, a contação de histórias como atividade pedagógica e interativa, mediada pelo professor, contribui sem dúvidas para o desenvolvimento da oralidade. Concluímos que é na Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, que o professor, deve propor atividades com a contação de histórias, a fim de desenvolver o gosto pela leitura e a oralidade das crianças, pois esta passa a adquirir repertórios linguísticos variados, sendo capaz de fazer com autonomia o uso da fala no seu cotidiano. |
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