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Este estudo teve como objetivo discutir o processo de construção da identidade de
um professor em um espaço ocupado majoritariamente por mulheres, considerando
sua relação com as crianças e com as famílias usuárias da creche. Para isso,
realizamos uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, tendo como sujeito um
professor que atua com crianças de 3 a 4 anos em uma creche localizada na cidade
de Pedra Lavrada- PB. Como instrumento de coleta de dados, utilizamos a
entrevista semiestruturada, a fim de permitir que o professor entrevistado falasse
livremente sobre as questões propostas. Para um melhor entendimento do objetivo
da presente pesquisa, achamos necessário, em um primeiro momento, realizarmos
uma breve discussão do processo de femilização e a feminização do magistério,
tendo em vista, que essa é uma área ainda pautada em uma visão biológica em que
as desigualdades de gênero estão presentes. Como suporte teórico tivemos como
base os estudos de Almeida (1998), Brandão (2007), Gonçalves e Penha (2010),
Souza (2010), Louro (1997), entre outros. O estudo nos revelou que vivemos em
constantes transformações e que muitas das profissões que antes eram
desempenhadas apenas por mulheres ou por homens, hoje são realizadas por
ambos. Entretanto, apesar de se ter tido um avanço e de se encontrar esses
profissionais atuando nessa área, ainda é pequeno o número de professores
homens na Educação Infantil. Por fim, ficou evidenciado, que a atuação de um
professor de Educação Infantil não se constitui de maneira tão simples, tão
aceitável, no contexto social e educacional. Entretanto, percebemos aqui que há
uma necessidade de desconstrução dessa visão que homem pode fazer algo, pode
desempenhar tal profissão e mulher não, o mesmo ocorre no que se refere à mulher,
tendo em vista que ainda é considerado um grande desafio a inclusão do homem
dentro desse espaço ainda visto como feminino. |
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