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O ensino de língua portuguesa, atualmente, anseia por novas abordagens que sejam capazes
de torná-lo significativo para os alunos da rede pública, porém, tem-se, ainda, um apego ao
trabalho com a gramática de modo isolado, ignorando-se que ela é um todo maleável, que, se
trabalhada de modo funcional, consciente e útil, contribui para que o aluno possa exercer sua
cidadania de forma mais autônoma frente à sociedade, uma vez que proporcionará subsídios
necessários para manipulação dos mecanismos que a língua dispõe ao falante, obtendo-se,
assim, os objetivos comunicativos almejados. Com isso em mente, o presente trabalho visa
demonstrar através da análise dos dados obtidos por meio de uma prática interventiva, que é
possível traçar novos rumos para um ensino funcional de gramática. Uma sequência didática
foi aplicada em uma turma do 5°ano, da Escola de Ensino Fundamental Deputado Jessé Freire
filho, localizada no município de Equador, Rio Grande do Norte. A intervenção contou com
aulas expositivo-dialogadas, mediada pelos gêneros textuais/discursivos charge e piada,
estimulando a interação entre os sujeitos e o conteúdo. A análise dos dados obtidos permite
inferir o quão difícil pode se tornar o ensino de um conteúdo que esteja desvinculado da
realidade comunicativa do sujeito. A base teórica deste trabalho suntenta-se nos estudos de
Antunes (2007), que evidenciam que a escola peca ao trazer para as séries iniciais o estudo da
gramática; nos estudos reflexivos de Bagno (2015) sobre o ensino e aprendizagem de língua
materna; na relação entre gramática e texto, proposto por Travaglia (2009); na perspectiva de
Neves (2003), que corrobora a visão de Geraldi (1997) no concernente ao uso consciente da
língua; nas conceitualizações da função sujeito propostas por Kato e Mioto (2009); nos
estudos de Santos (2003) sobre a relação de concordância entre o verbo e o sujeito; nas
considerações de Perini (2016) sobre o ensino de gramática; no postulado por Rocha Lima
(1989) acerca da função sujeito; na concepção de Castilho (2010) sobre essa mesma função, e
no ensino reflexivo de língua materna pregado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, além
de outros autores. |
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