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Este trabalho corresponde a um estudo do romance juvenil Turbilhão em Macapá (2014), do escritor Ivan Jaf. Trata-se de uma narrativa que aborda o conflito entre pais e filhos, no caso entre um pai e uma filha pré-adolescente. João, publicitário de quarenta e dois anos, que, para se aproximar mais da filha, decide viajar com ela do Rio de Janeiro para Macapá, no norte do Brasil. A justificativa para a viagem é a busca por encontrar a resposta para um desafio, baseado em um fenômeno da física. Paralelo ao relacionamento familiar, o livro retrata várias questões da sociedade brasileira como a desigualdade social, a violência e o consumo exagerado. Com este estudo procuramos mostrar que é possível fazer a leitura da obra a partir do que Beatriz Jaguaribe (2010, p.2) chama de “Ficções do real”, cuja característica principal é buscar “representar a realidade ou a “vida como ela é”. Para tanto, realizamos uma análise da obra, enfocando a crônica do cotidiano brasileiro vivenciado pelas personagens pai e filha a fim de refletir sobre as subjetividades dos sujeitos frente à realidade retratada. A discussão encontra-se embasada nas contribuições de: Jaguaribe (2006), Valente (2008), Riche (1999), Bauman (2003) e Molon (2011), dentre outros. Constatamos que o livro prende a atenção durante a leitura e incita no leitor questionamentos, convidando-o através da ficcionalidade para a leitura crítica da realidade brasileira. Além disso, não demonstra uma preocupação em pedagogizar, deixando para o leitor a reflexão da obra, sem forçá-lo a ter um único ponto de vista, mas deixando-o livre para desfrutar da leitura. |
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