Resumo:
Diante da grande importância da escravização para nossa história, lançamo-nos em busca de informações significativas no âmbito do tráfico de seres humanos, trabalho escravo e da resistência negra. O presente trabalho de conclusão de curso teve como principal objetivo compreender o que foi o processo de escravização na África/Brasil: trabalho escravo, o tráfico negreiro e a resistência negra, a partir das oficinas em sala de aula. Para discorrermos sobre esse tema, temos como objetivos específicos estudar o processo de escravização na África/Brasil; refletir sobre as condições do tráfico negreiro, analisar as diferentes formas de resistência utilizadas pelos escravizados e entender como os alunos dos 4º e 5º anos apreenderam a respeito da temática Trabalho Escravo e Resistência Negra. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa, envolvendo uma pesquisa participante BRANDÃO (1999). Como suporte teórico buscamos apoio em: Mattos (2009), Albuquerque e Fraga Filho (2006), Pinsk (2010), Amaral (2011), Bento (2006), Apolinário (2007) entre outros autores. Para construção desse trabalho foram realizadas oficinas temáticas em três Escolas da Rede Pública Municipal de Campina Grande. As oficinas envolveram a temática Africana e Afro-Brasileira, destacando aqui o trabalho escravo e a resistência negra. Após nossa intervenção durante as oficinas, usamos a análise de conteúdos BAUER (2008) para a organização dos dados obtidos. A temática estudada nos ajudou a compreender a história do povo negro, as consequências da escravização e a luta pela liberdade pois, compreendendo a história será possível entender o quão desumana foi a escravização. A partir da análise do material e de nossos estudos sobre a temática, concluímos que ela ainda é campo de muitos equívocos. Ocorreu a associação da escravização exclusivamente ao negro africano, bem como, se criou a imagem do negro como um indivíduo indiferente à condição de escravizado. Uma questão que nos chamou atenção foi a invisibilidade da resistência negra, constatamos que os alunos tinham pouco conhecimento a respeito dos diferentes tipos de resistências. Portanto, acreditamos que a formação inicial do professor, nos cursos de graduação, assim como na formação continuada, será capaz de amenizar estas lacunas encontradas a respeito do trabalho escravo e resistência negra.
Descrição:
SILVA, E. A. da. Escravização: uma visão acerca do trabalho escravo e da resistência negra. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.