Resumo:
Florbela Espanca, em sua breve vida, teve uma trajetória marcada por grandes perdas e intensas dores que influenciaram não apenas sua identidade, mas também a sua lírica. Tais constatações nos levam a analisar os impactos dessas experiências no “eu-poético”, e suas materializações nas obras que as retratam, tentando entender o porquê de tantas dores recorrentes, chegando a se tornarem um exercício, um repetir cotidiano. Para tanto, analisaremos alguns dos sonetos, desta que foi considerada a mais importante figura feminina da literatura portuguesa, a fim de deslindarmos “a confissão de um sujeito feminino atordoado pelo amor-paixão”. Para subsidiarmos a leitura que faremos, além do que já está consolidado na historiografia literária portuguesa acerca da poetisa, vamos recorrer às contribuições de Caruso (1989) e de Nasio (1997) que nos auxiliarão na leitura psicanalítica que propomos fazer da lírica de Florbela Espanca, tentando entender o exercício da dor de amar na poética daquela que se autodenominou de “A castelã da tristeza”.
Descrição:
BEZERRA, K. C. O exercício da dor de amar em Florbela Espanca. 2018. 26f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - com habilitação em Língua Portuguesa) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.