Resumo:
Este trabalho tem por objetivo analisar a abordagem das questões de variação linguística nas
provas de língua portuguesa no exame do ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de
Competências de Jovens e Adultos) da edição 2017. Para a realização dessa pesquisa,
seguimos a linha da Sociolinguística, já que ela contribui para melhorar a qualidade de ensino
de língua portuguesa, através dessa relação que busca investigar a língua a partir do contexto
em que seus falantes estão inseridos. Apoiamo-nos nas pesquisas Sociolinguísticas de Bagno
(2008), Cezario e Votre (2011) e Bortoni-Ricardo e Rocha (2016) os quais abordam questões
relacionadas à linguagem dentro do contexto social e, consequentemente, a variação
linguística, como também será abordada a questão de norma e as noções de “erro”. Também
será mostrado que o exame do ENCCEJA não investe em dados quantitativos e nem
qualitativos com relação a questões de variações linguísticas, pois, quando essas questões são
abordadas nas provas, não levam os candidatos a refletirem sobre o que realmente é a língua
moldada e situada por variações e mudanças em seu uso, como também verificamos que a
contextualização desses itens nas questões não é feita de maneira equitativa entre as
habilidades mencionadas na Matriz do exame. Nesse sentido, percebe-se, que o exame não
consegue cumprir com o propósito do Livro Introdutório e da LDB, cuja proposta é valorizar
a experiência adquirida por esses indivíduos fora da escola, através de práticas sociais.
Descrição:
ALEXANDRIA, E. S. de. Questões de variação linguística no ENCCEJA - dos documentos oficiais à formação de jovens e adultos críticos. 2019. 56f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2019.