Leitura em sala de aula: vozes permitidas e silenciadas

Abstract

A reflexão dos conhecimentos teórico-metodológicos vivenciados pelos docentes da formação inicial na Prática Pedagógica contribui não apenas para uma maior sustentabilidade entre os saberes adquiridos pelos licenciados/as gerados na Universidade e vivenciados na Escola, mas também propõe ações educativas que promovam mudanças na sociedade (FREIRE, 2006). A partir de então conduzimos através das discussões realizadas na prática pedagógica, no estágio de Orientação Educacional (O.E.), promovido pelo curso de licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em uma escola da rede municipal da cidade de Campina Grande – PB, atividades com o intuito de observar a dinâmica da sala de aula. Intentamos difundir e estimular, entre os/as alunos/as, o respeito às diferenças por meio das práticas lúdicas, a exemplo do cultivo a cultura da convivência de paz face às brincadeiras e discursos agressivos e discriminadores (GUIMARÃES, 2003). Dentre as atividades observamos a prática de leitura pela qual presenciamos momentos de hostilidades, inibições, que trouxeram aos discentes um sentimento de impotência e ansiedade diante da aquisição e apropriação da leitura. Com o objetivo de potencializar atitudes de respeito nos relacionamentos interpessoais entre professor (a)-aluno (a), aluno (a) - aluno (a), tendo em vista a desconstrução da violência tanto verbal como física e psicológica das diversas formas de bullying presentes no ambiente escolar, muitas vezes, gerados pelos membros do contexto escolar (GUARESCHI, 2008). Assim, com base em nossa observação nos dados coletados por meio de registros em caderneta de campo, evidenciamos uma reflexão acerca de situações de bullying na prática da leitura cultivada na sala de aula.