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O livro didático de português (LDP) deve funcionar como um meio de levar
os discentes a criarem o gosto e o hábito pela leitura, e pela produção de
textos, considerando o domínio efetivo da língua padrão em suas
modalidades oral e escrita. Partindo da inquietação de como os LDP
estariam abordando os gêneros textuais no ensino da língua portuguesa, e
se de fato essa abordagem atenderia a uma proposta de ensino efetiva e
eficaz da língua materna a partir de gêneros textuais, analisamos os textos
trabalhados na coleção de LDP Português Linguagens, 6º, 7º, 8º, 9º ano, de
Willian Roberto Cereja e Tereza Cochar Magalhães (2012), com o objetivo
de identificar quais capacidades de linguagem estão sendo exploradas nesta
coleção e se estariam sendo abordadas de forma satisfatória para a
compreensão e apreensão dos gêneros textuais contidos nesses livros.
Pautamos a nossa pesquisa na teoria de Mikhail Bakhtin (1997) sobre o texto
enquanto evento e acontecimento de linguagem, bem como na perspectiva
do interacionismo sociodiscursivo defendida por Jean- Paul Bronckart (1999),
do ensino de língua materna baseada no uso de gêneros textuais. Utilizamos
ainda, a teoria do agrupamento de gêneros e desenvolvimento de
capacidades de linguagem propostas por Joaquim Dolz e Bernard
Schneuwly (2004) e, por fim, orientamo-nos pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais, no que tange ao uso do livro didático e suas observações sobre o
ensino de Língua portuguesa. Entre nossos resultados, identificamos a
presença das capacidades de linguagem na coleção analisada, com uma
divisão equilibrada, no entanto, ainda há ausência de um trabalho mais
incisivo com ada oralidade nesse material didático. |
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