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Considerando que o avanço dos gêneros emergentes, oportunizados pelas tecnologias
digitais, surgiram vários gêneros multisemióticos e, consequentemente, novas formas de
leitura como a multimodal. Nesse contexto, faz-se necessário o estudo da multimodalidade
para incluir os alunos nessa sociedade semiotizada e tecnológica. Diante disso, objetiva-se
promover uma abordagem em sala de aula com o gênero digital, vídeo-charge, especificando
apresentar aspectos multimodais que o constitui. Acreditamos que nessa nova configuração,
possibilitada pelo avanço tecnológico, a vídeo-charge se tornou mais interativa e atrativa,
tendo em vista que os personagens ganham vida com o uso de vozes, sons, cores e gestos,
além de ser um gênero que exibe um alto teor ideológico e argumentativo que se sobressai no
tocante à crítica de forma leve e humorada. Para tanto, o estudo é fundamentado em uma
pesquisa bibliográfica em vários autores como: Bakhtin (2000,2015); Dionísio (2005,2011);
Santaella (2005,2014); Marcuschi (2004,2008); Aranha e Rocha (2016) e Aranha e Ribeiro
(2018). Desse modo, observa-se que a cada dia surgem mais gêneros multimodais e, portanto,
precisam ser explorados em sala de aula, para que haja um desenvolvimento de certas
habilidades nos alunos. Propomos uma proposta didática tendo como referência as
contribuições teóricas advindas de Scheneuwly, Dolz e Noverraz (2004), visando nortear uma
prática docente fundamentada em aspectos multimodais contribuindo para a formação crítica
e reflexiva do alunado. Portanto, observa-se que a vídeo-charge é um gênero multimodal
eficaz para o ensino de língua portuguesa, pois ela apresenta potencialidades a serem
disseminadas e exploradas no ambiente educacional, o que permite concluir que esse gênero
emergente é um instrumento rico em aspectos multimodais e que deve adentrar em sala de
aula para que os alunos sejam capazes de atuar no mundo pós-moderno. |
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