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Os transtornos depressivos estão cada vez mais excedentes na sociedade contemporânea.
Elencar os fatores que podem favorecer o desenvolvimento desses é um trabalho complexo,
pois, esses elementos são provenientes de contextos, situações e aspectos multidimensionais do
desenvolvimento, como por exemplo: exposição à violência direta ou indireta, acúmulo de
situações de estresse durante o decorrer da vida, pressão social, ausência do apoio familiar e de
uma rede positiva de pares, enfermidades, entre outros. A Resiliência surge neste cenário como
um fator relevante para prevenir o surgimento de sintomatologia depressiva diante de
adversidades/traumas e na superação de situações estressantes. Destarte, o presente estudo
objetiva averiguar a correlação entre depressão e Resiliência em uma amostra de adolescentes
escolares da cidade de Campina Grande – PB. Para tanto, utilizou-se como aporte teórico
autores como: Del Prette e Del Prette (2005); Ozella (2002); Bock (2004); Vasconcelos (2012);
Santos (2017); Tavares (2010); Beck et al (1997); Yunes e Szymanski (2002) Infante (2005);
Neves (2017); Ralha-Simões (2002). Como percurso metodológico, efetuou-se um estudo de
campo com abordagem quantitativa, que contou com uma amostra composta por 270
adolescentes da cidade de Campina Grande - PB, matriculados em escolas públicas, com idade
entre 14-19 anos (M= 16,2, DP= 1,37). Os instrumentos utilizados para mensuração dos dados
foram o Inventário de Depressão de Beck (BECK, Aaron T.), a Escala de Resiliência
(WAGNILD; YOUNG) e um questionário sociodemográfico. Analisaram-se as respostas a
partir de estatísticas descritivas e inferenciais por meio do pacote estatístico SPSS (versão 22).
Os resultados demonstraram um percentual de 47,7% dos adolescentes com alguma
sintomatologia depressiva, sendo esta maior no sexo feminino. A correlação entre depressão e
Resiliência encontrada foi forte e inversa demonstrando estatisticamente que, quanto maior o
escore de sintomatologia depressiva, menor a capacidade resiliente e vice-versa. Ressalta-se a
importância da escola em promover aspectos resilientes nos seus alunos, além de auxiliá-los a
lidar com situações de stress de forma positiva, através de uma abordagem psicossocial, além
da implantação de políticas de saúde mental e programas preventivos para problemas sociais e
emocionais junto aos adolescentes e seu contexto familiar. |
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