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Consideradas inferiores, as mulheres durante os séculos XIX e XX foram relegadas á
educação e aos espaços públicos sociais, haja vista, serem adjetivadas, pelo discurso da época,
como sexo frágil e “casadoras”, cabendo a elas somente a função de cuidar do lar, da família e
principalmente do casamento. Diante o exposto, esta pesquisa objetiva compreender os
motivos para a escolha do curso de Pedagogia, por parte das concluintes da Universidade
Estadual da Paraíba - campus I, Campina Grande. Nossa metodologia pauta-se primeiramente
num breve histórico, a partir de dados bibliográficos e posteriormente, em análise de dados,
coletados a partir do questionário aplicado aos sujeitos da pesquisa. Utilizamos um
questionário semiestruturado com 09 (nove) questões pertinentes a esta pesquisa em que
pontuamos como o curso foi percebido pelas entrevistadas, através de seus relatos, além de
mensurar dados estatísticos sobre o corpo docente e discente do Curso de Pedagogia do
Departamento de Educação da UEPB. Diante resultados constatamos que alguns motivos para
a escolha do magistério, tais como busca pela ascensão social, independência, estabilidade
financeira e qualificação profissional e pessoal, ainda aparecem presentes na atualidade. Estes
motivos estão relacionados diretamente à condicionantes sociais, políticos, econômicos da
vida pessoal de cada uma das entrevistadas. Este trabalho propiciou uma reflexão intensa
acerca de temas imbricados a gênero, poder e educação, principalmente, à construção social
do que se espera “para o homem” e “para a mulher”, haja vista a construção majoritária de
mulheres no corpo discente e docente do Departamento de Educação e da sociedade. |
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