Agências de checagem, uma nova prática do jornalismo no combate às fake news e pós-verdade

Abstract

O jornalismo passa por reconfigurações constantes ao longo dos anos. Tais mudanças ocorrem em decorrência do contexto histórico e os recursos técnicos, sociais e culturais disponíveis na sociedade. Para além dessas transformações, a missão de levar ao cidadão informações baseadas na verdade permanece. Contudo, alguns contextos acabam favorecendo o descumprimento desta missão. Com o surgimento das redes sociais, por exemplos, vivemos os fenômenos da pós-verdade e a proliferação das fake news que têm maculado a prática jornalística. Mas, como o jornalismo tem a capacidade de se refazer, vemos a criação de ferramentas capazes de combater, ou pelo menos amenizar, o efeito do descrédito e demais malefícios das notícias falsas. São as Agências de Checagem, cada vez mais atuantes nesse cenário. A finalidade deste artigo é elencar as principais agências, observar e entender seu funcionamento como uma nova prática do jornalismo. Nesse sentido, foram analisadas cinco agências a partir de uma pesquisa exploratória. Para isso, contribuíram as leituras e apontamentos de autores como Kovack e Rosentiel (2004); Traquina (2005);Karam e Christofoletti (2011); Moretzohn (2002); Pena (2008); e Zarzalejos (2017). Como resultados, vale adiantar que há um trabalho de caráter jornalístico sendo desenvolvido no país no intuito de combater ou amenizar a disseminação de notícias falsas, bem como se forma com isso um novo campo dentro dessa atividade que é o jornalismo.