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Pretendemos neste trabalho discutir a imagem do predador sexual no personagem Henry
Chinaski (Hank) na obra Mulheres (1987), de Henry Charles Bukowski Jr. O objetivo deste
trabalho é analisar a prática da predação sexual, a partir da linguagem pornográfica e da
performance do protagonista em relação às mulheres tomadas como presas. Para isso
utilizamos como principais referências as discussões sobre pornografia realizadas por
Maingueneau (2010), Moraes (1985), Lapeiz (1985), Sontag (1987), Castelo Branco (1987) e
Durigan (1986) e, sobre a predação e relações de poder, a partir de Foucault (1999) e Cruz
(2010). Como defendemos o romance em tela como marginal, subsidiamo-nos do conceito de
literatura marginal, a partir de Maretti (1986), Perlman (1977) e Nascimento (2006). A
discussão em torno do predador sexual reitera uma prática machista e, em muitos momentos,
misógina, por considerar o sujeito mulher unicamente como objeto sexual. Daí a discussão
também em torno do ―marginal‖ na obra, não apenas pela linguagem, mas também por
construir imagens femininas que destoam em relação às mulheres reais e ao próprio contexto
de publicação do romance. |
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