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Diante da realidade do aumento constante do número de crianças diagnosticadas
com autismo, é urgente que se discutam questões voltadas à intervenção
psicopedagógica junto a essa população. O cenário atual da educação inclusiva
no sistema regular de ensino do nosso país aponta para a importância da
capacitação dos professores, técnicos e de toda a equipe que compõe o corpo da
escola tendo em vista a importância da intervenção desses profissionais. Nesse
sentido, procedemos a um estudo de caso cujo desenvolvimento ocorreu através
da análise de um atendimento terapêutico de uma criança autista em ambiente
doméstico e que tinha como intuito superar as dificuldades que essa criança
apresentava nos aspectos cognitivos, sociais e linguísticos. Nesse sentido, o
objetivo geral desse artigo foi realizar uma análise dos avanços obtidos pela
criança em questão ao longo de oitos sessões de atendimento, em um período de
dois meses. Para abordar essa experiência, apresentamos uma breve discussão
sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), baseados em autores como
Bandim (2010), Klin (2006), Mello (2003), Schwartzman e Araújo (2011), Facion
(2007), entre outros, bem como refletimos sobre a importância da estimulação
cognitiva na intervenção terapêutica multiprofissional nesses casos. A metodologia
utilizada é de cunho etnográfico, com perfil de análise qualitativa a partir de uma
observação participante. O acompanhamento do caso em questão ensejou uma
análise que revelou avanços progressivos apresentados pela criança a cada
encontro de intervenção psicopedagógica, além da diminuição dos
comportamentos disrupitivos, diminuição do quadro de inatividade, melhora no
contato ocular, no brincar estruturado e compartilhado, melhora no seguimento de
instrução e no limiar de espera e tolerância. |
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