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O presente trabalho tem como objeto de estudo estruturas oracionais na voz passiva, sob as
formas analítica e sintética. Pretende observar o emprego e a recorrência dessas estruturas
para verificar se o seu uso está associado à estratégia de ocultamento do agente, como
apontam pesquisas realizadas por autores como Pontes (1986) e Bagno (2004) entre outros. O
corpus utilizado para análise consiste de textos jornalísticos, mais especificamente dos
gêneros manchetes, notícias e artigos de opinião, extraídos de 20 edições do Jornal Correio da
Paraíba do ano de 2019. A pesquisa possui uma abordagem descritivo-analítica, de base
quantitativa e qualitativa, a partir da revisão bibliográfica. Para uma melhor compreensão do
tema, apresenta um percurso que parte do conceito de sujeito, passando pela noção de voz
verbal, abordando as vozes ativa e as passivas, sob a ótica da tradição gramatical até chegar
aos estudos recentes nessa área. Para isso, traz os postulados de gramáticos e linguistas, como
Sacconi (1947), Mendes de Almeida (1955), Melo (1968), Kury (1990), Neves (2000), Mira
Mateus et. al.(2003), Bechara (2005), Cunha e Cintra (2007), Possenti (2011), Vieira e Freire
(2016), e outros. A análise permitiu concluir que os falantes optam por estratégias que
concorrem com as que a gramática tradicional prescreve para indeterminar o sujeito, o que se
revela nos textos jornalísticos, nos quais se reflete a dinamicidade, clareza e objetividade da
língua. Nesse sentido, o ensino de Língua portuguesa deve considerar o saber do falante e
refletir sobre os recursos linguísticos empregados nos textos diversos. |
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