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O mundo vive a chamada era da globalização em que é comum uma criança possuir e fazer uso dos mais diversos aparelhos tecnológicos que a cultura digital e o ciberespaço podem lhes oferecer. O que pensar das crianças que fazem uso das redes sociais nas suas interações sociais, em que se apresentam e dão novos significados ao mundo a sua volta numa cultura que é própria da cibercultura? O entendimento de que as crianças, na atualidade, experienciam outros modos de viverem a infância impulsionou-me a investigar o processo de construção de significados das crianças usuárias da rede social Facebook, procurando compreender a forma de ser e de viver das crianças no mundo contemporâneo em meio às novas tecnologias de comunicação e de informação. Para tanto, realizou-se uma pesquisa em que foi usado como metodologia a netnografia, particularmente com a utilização da observação no ambiente do Facebook, onde foram coletados os dados. Tomou-se como sujeitos da pesquisa 10 crianças (5 meninas e 5 meninos) da nossa rede de amigos no Facebook. O estudo se fundamentou em autores como: Couto Junior (2012), Sarmento (2008), Ariès (1981),Veen & Vrakking(2009), Vygotsky (1989), Mercado (2012), dentre outros. O estudo mostrou que mesmo burlando regras, as crianças estão presentes no Facebook, fazendo uso cada vez mais dessa rede social para se comunicar e se relacionar. Revelam, portanto, uma nova maneira de se relacionar com o mundo e demonstram sua visão sobre a escola. Tais achados nos revelam que a escola precisa abrir os olhos para essa realidade no sentido de repensar suas práticas e inserir as novas interfaces tecnológicas nas experiências de ensino em classes de crianças. |
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