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A Língua Espanhola é reconhecida como segunda língua mais falada no mundo e tem sido
reconhecido por várias nações como estratégico em diversos aspectos, tais como processo
de globalização econômica e cultural; favorecimento das relações comerciais por meio do
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e, também, desenvolvimento cognitivo,
linguístico e intercultural dos estudantes. Apesar da sua importância, não tem figurado no
currículo com a devida relevância no Brasil. A Lei 11.161/2005, regulamentava que a
Língua Espanhola fosse, obrigatoriamente, ofertada nas escolas de ensino médio e
facultada como matrícula aos estudantes. Esta regulamentação foi revogada pela Lei
13.415/2017 e a Língua Espanhola, que figurou até a segunda versão da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) dentre as línguas estrangeiras modernas a serem ofertadas nos
currículos das redes de ensino, foi excluída em 2018. Todavia, algumas redes estaduais de
educação têm mantido a oferta desse componente, principalmente nos casos em que os
Estados fazem fronteira com países que têm o espanhol como língua principal; programas
de intercâmbios; relações comerciais; turismo e outras atividades. A partir destas
considerações, este trabalho tem como objetivo analisar aspectos da política de currículo,
enfatizando contextos de inclusão e exclusão da Língua Espanhola em caráter obrigatório
nos currículos no Brasil. Os contextos mais importantes em destaque são o movimento da
Escola Nova; a inclusão da Língua Espanhola no currículo do Colégio Pedro II; a Reforma
da educação no processo de redemocratização e a aprovação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN/1997); a aprovação da Lei nº 11.161/2005 e à sua revogação pela Lei nº
13.415/2017, e a exclusão do componente curricular da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), aprovada em 2018. Consiste numa pesquisa descritiva e de análise documental,
numa perspectiva de abordagem qualitativa. Conclui-se que aspectos de política partidário
ideológica tem interferido na definição das políticas curriculares e na oferta das línguas
estrangeiras modernas, de modo a configurar cenários de indecisões e desprestígio quanto
à Língua Espanhola, ocasionando instabilidade e sucessivas ações de inclusão e exclusão
da língua no currículo nacional. |
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