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Este trabalho teve como objetivo comparar, em termos lexicais, a linguagem nordestina e o português medieval em textos arcaicos e cordéis tradicionais do Nordeste, a fim de denotar vocábulos que ainda estão em uso na linguagem nordestina. Utilizou-se o método comparativo analista, através de suporte bibliográfico e documental. Para atingir tal objetivo, nomes e verbos foram selecionados, na linguagem arcaica de textos medievais e nos cordéis, a fim de corroborar com a hipótese de que há traços conservadores no português brasileiro. Para tanto, o corpus de análise foi coletado a partir de duas cantigas trovadorescas, compreendidas entre o século XIIXIII, das obras: Orto do Esposo (MALER, 1956), documentada em transição do século XIV e XV, A Demanda do Santo do Graal (MAGNE, 1944), datado no século XV, e dezesseis cordéis tradicionais, compreendidos entre o século XIX e XX. Visando atender o propósito da pesquisa, o suporte teórico foi fundado a partir de textos de Marroquim (1934), Teyssier (1997), Ilari (2012), Lagares (2012) dentre outros, uma vez que forneceram subsídios relevantes para o desenvolvimento da análise histórico-comparativa entre o português medieval e o português brasileiro. A contextualização acerca da história e origem da literatura de cordel foi embasada em Vassallo (1993) e Proença (1982), dentre outros. Do ponto de vista da análise comparativa, constatou-se que a linguagem brasileira, particularmente, a variação nordestina, conserva resquícios do português arcaico, aqui denotada na literatura cordelística. |
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