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O fazer jornalístico é majoritariamente associado ao gênero notícia. Isso se deve à própria estrutura voltada ao mercado e ao contexto social em que o próprio jornalismo surgiu. A perspectiva diferenciada do jornalismo investigativo, abordada neste artigo, é de grande importância para a produção de reportagens aprofundadas que causem um real impacto na sociedade em que vivemos. O presente trabalho propõe trazer discussões acerca de sua conceituação enquanto área especializada e, portanto, diferenciada, e elucidar os aspectos e práticas que fazem do gênero jornalístico reportagem um meio fundamental para a transformação social, através do aprofundamento de apuração, narração e checagem dos acontecimentos a serem noticiados. Parte-se da premissa de que a reportagem aprofundada se constitui alternativa de transformação social proporcionada pelo meio jornalístico. Para tal fim, foram elencadas duas reportagens do Profissão Repórter como modelo ideal na trajetória do jornalismo investigativo brasileiro: Refugiados que entraram na Europa clandestinamente, de 2015, e Rompimento da barragem de Brumadinho, de 2019. As duas produções foram analisadas à luz do Estudo de Caso, metodologia explicativa e exploratória utilizada para levantamento bibliográfico, análise de exemplos para compreensão de um argumento e explicação de fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência de um fenômeno. Os autores que respaldam esta pesquisa são: Fortes (2005); Guirado (2004); Lima (2004); UNESCO (2013), dentre outros. Dentre os resultados obtidos neste trabalho, vale citar que foi possível estabelecer um referencial teórico capaz de elucidar discussão quanto aos elementos, aspectos e características do jornalismo investigativo no Brasil, e ainda apreender como esse conjunto de aspectos e práticas se efetivam ao compor narrativas humanizadas e criteriosas como as produzidas pelo jornalista Caco Barcellos e sua equipe de repórteres. |
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