Programa Residência Pedagógica: contribuições à formação do/a pedagogo/a

Abstract

Este trabalho objetiva analisar as contribuições do Programa Residência Pedagógica (PRP) à formação do/a pedagogo/a, mediante as demandas expressas pelas Diretrizes Curriculares para formação de Professores para Educação Básica (BRASIL, 2002; 2015; 2018). Leva em consideração a vivência/experiência da pesquisadora como bolsista do Programa, no período de agosto de 2018 a janeiro de 2020, quando fez residência em uma escola pública da rede municipal de educação de Campina Grande – PB, em uma turma do 3° ano do Ensino Fundamental, composta por 26 crianças na faixa etária entre 8 e 11 anos de idade. O PRP é um programa do Ministério da Educação (MEC) com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que tem por finalidade apoiar Instituições de Ensino Superior (IES) na implementação de projetos inovadores que estimulem a articulação entre teoria e prática nos cursos de licenciatura, conduzidos em parceria com as redes públicas de educação básica. Neste trabalho foi utilizada uma metodologia de pesquisa qualitativa, de teor observacional participante, que possibilita uma maior reflexão sobre a teoria e a prática estudadas durante o curso de Pedagogia. A análise dos dados foi embasada nos teóricos Silva (2000), Fernandes e Freitas (2008), Munsberg e Silva (2014), Nogueira e Nogueira (2006), Nóvoa (2009), Gatti (2013), e nos documentos oficiais Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017), Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2013) e a Lei de Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996)). Participar da Residência; presenciar e fazer parte do dia a dia da turma e da escola, da Preceptora e das demais profissionais; auxiliar no desenvolvimento das atividades; contribuir com a aprendizagem das crianças, foi uma oportunidade enriquecedora do ponto de vista acadêmico e social, tanto para nossa formação, quanto para a constituição das nossas identidades profissionais, pessoais e sociais. A imersão na pesquisa nos fez repensar modos de ser e estar numa sociedade desigual, racista, machista, preconceituosa; repensar nossa função enquanto pedagogas, mediante o direito das crianças às aprendizagens, à necessidade de promoção do respeito e da qualidade da educação, tanto no nível das crianças pelas quais nos tornamos corresponsáveis, quanto por nós próprias, como docentes e como profissionais.