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O sacrifício faz parte da história do homem. Por ser tão latente nas comunidades antigas, os estudos das práticas sacrificiais reverberam nos campos da teologia, história, antropologia, e também no da literatura. Diante disso, o presente trabalho analisa, servindo-se do método comparativo, de que forma a prática sacrificial desponta como solução do conflito no livro do Êxodo e em Ele que o abismo viu, a epopeia de Gilgámesh. Para o primeiro, o foco recairá na narrativa conhecida como as dez pragas do Egito, situada entre o sétimo e o décimo terceiro capítulos do livro; quanto à Epopeia de Gilgámesh, será analisada a sexta tabuinha, onde se encontra a paixão da deusa Ishtar e fúria contra Gilgámesh e sua cidade. Para tal, nos apoiaremos nos estudos de René Girard (1990) e de Mauss e Hubert (2005) acerca do sacrifício; nos trabalhos de Bloom (2012), Miles (2009) e Fokkelman (1997) para elucidar o caráter literário bíblico; além de nos servirmos dos estudos históricos de Kramer (1963, 1969), Leick (2003) e Kriwaczek (2018) a respeito da sociedade mesopotâmica. |
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