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Os sujeitos que constituem a sociedade se comunicam através da linguagem e fazem uso de inúmeros gêneros discursivos, de acordo com suas finalidades sociais e comunicativas. A capa de revista é um desses gêneros e, possivelmente apresenta um grande poder persuasivo sobre seus leitores. O foco desse trabalho está nos possíveis discursos, inclusive conservadores, que podem fazer-se presentes nas capas da revista Veja escolhidas para análise. O objetivo do trabalho, com base na Análise do Discurso de linha francesa, é analisar quatro capas que tratam de assuntos polêmicos, com o intuito de discutir os discursos presentes, assim como a importância da relação entre a linguagem verbal e a não verbal para a construção de sentidos, uma vez que os discursos se materializam através da linguagem. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de ordem bibliográfica, fundamentada, inicialmente, nos pressupostos teóricos acerca dos gêneros discursivos, com a contribuição teórica de Bakhtin (2003), Fiorin (2007) e Marcuschi (2008), entre outros, para que se pudesse compreender a capa enquanto um gênero. Com relação à Análise do Discurso (AD), teóricos como Orlandi (2007) e Fernandes (2008) foram consultados. Sob esse contexto, a análise dos dados mostra que os discursos presentes nas capas não são neutros e podem ser considerados conservadores e, que o sujeito discursivo ocupa lugares de acordo com as posições ideológicas a que ele faz parte e defende. A linguagem verbal e a linguagem não verbal se mostram intrínsecas no processo de construção de sentidos, assim como elementos extralinguísticos, que estão no social. |
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