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Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as práticas escolares em um contexto de
exclusão, sob a perspectiva do pertencimento do aluno à realidade escolar. Para tanto recorreu à
metodologia da pesquisa etnográfica em Educação (ANDRÉ, 1995; MATTOS; CASTRO,
2011), por permitir a consideração de todos os envolvidos para norteamento e desenvolvimento
do estudo, além de possibilitar em uma visão mais fiel sobre a realidade da sala de aula, por
considerar os significados e sentidos dos processos desdobrados cotidianamente na escola.
Tomou por base a compreensão do aluno ativo em seu processo de escolarização (FREIRE,
1970, 1993, 1996, 2005), que agrega conhecimentos advindos de seus variados contextos para
compreender e transformar sua realidade; a compreensão da complexidade do processo de
formação da identidade na contemporaneidade (HALL, 1992); a noção dos processos de tornar -se aluno através da relação entre o pertencimento e a resiliência (CASTRO, 2011) para
estabelecer interfaces com a realidade analisada. O estudo foi desenvolvido em uma sala de
sexto ano de uma escola da rede pública estadual de ensino da cidade de Campina Grande -PB,
integrou o projeto de pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Tecnológico e Científico, através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica,
intitulado “Alunos como pesquisadores: identidade, pertencimento e resiliência”. A partir dos
dados coletados buscou-se relatar, com fidedignidade, os sentidos e representações que os
alunos conferem à escola e ao processo de escolarização com uma análise acerca da maneira
com que o sistema escolar tem lidado com aqueles que, de alguma forma, não se enquadram no
perfil do bom aluno, para informar à professores e demais profissionais da Educação sobra a
complexidade do processo de escolarização do indivíduo e promover a melhoria na qualidade
dos conhecimentos produzidos no chão da escola. |
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