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Os gays e lésbicas vem, ao longo dos séculos, tentando conseguir um lugar respeitado
em nossa sociedade. No que tange à literatura gay esse espaço vem sendo alcançado
desde o final do século XIX, pois antes desse período a literatura, trazia em suas
páginas, apenas belas histórias heterossexuais, porém ainda há muitos direitos a serem
conquistados. Uma vez que, mesmo ocorrendo avanços dos pensamentos humanos,
persistem os tabus e preconceitos. Desta forma, escolhemos a obra "Eu sou uma
lésbica" da autora Cassandra Rios e, optamos por analisar a narradora que é a
protagonista da narrativa e é uma lésbica, em cujo discurso verificamos contradições
acerca de sua orientação sexual, bem como posicionamentos permeados de tabus e
preconceitos. Neste sentido, este artigo objetiva analisar o comportamento da narradora
em determinadas circunstancias. Sob este prisma, verificaremos a representação da
narradora na obra e suas contribuições para os papeis sexuais dos sujeitos. Levantamos
reflexões sobre práticas culturais adotadas por uma sociedade estruturada com códigos
de valores, quando a questão é o outro, e principalmente quando este é considerado
"diferente" no que tange à sexualidade representada na obra pelo discurso da narradora.
Para desenvolver nossa reflexão, aportamos nas teorias de Dal Farra (1978), Mott
(1997), Benjamin (1997). Dentre outros. |
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