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Quando apenas considerado o binômio “clássico” e “vulgar”, o latim oferece dificuldades
quanto à paridade do sistema classificatório apresentado por muitos autores, que não chegam a um
consenso sobre essa divisão. Comumente, cremos que o vulgar era falado apenas pelo povo, isto é, pela
grande maioria da população que não fazia parte da elite romana, dando-nos a entender que esta última
dominava o latim clássico em contraposição linguística àquela variante “desprestigiada”. Refutando a
dedução simplória e dicotômica, sustentamos a hipótese de que a oposição do latim em “clássico” e
“vulgar” permite uma inferência equivocada de classificação, bem como de sua dialetação na românia.
Tal divisão pode configurar arestas complicadas quanto à sua percepção, porque tanto o latim vulgar
era língua usada na informalidade da elite quanto, numa perspectiva diacrônica, o vulgar não deriva
diretamente do clássico. Para descortinar o falso “consenso”, apreciamos a origem do latim vulgar,
suas nomenclaturas e perspectivas assinaladas por gramáticos, filólogos e linguistas que pesquisam a
história da língua portuguesa e a derivação românica do latim no Império, tais como Oswaldo Antônio
Furlan (2006), Ernesto Faria (1958), Ismael Coutinho (2005), entre outros. |
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