A ansiedade na formação docente inicial: estudo de caso com professores de língua inglesa

Abstract

O presente artigo, caracterizado como um estudo de caso de abordagem qualitativa, tem como foco analisar de que forma a ansiedade é compreendida e vivenciada por professores de língua inglesa em formação inicial. Para isto, procuramos (i) descrever a compreensão dos colaboradores desta pesquisa sobre a ansiedade, (ii) identificar os fatores intrínsecos e extrínsecos que favorecem a ocorrência desse sentimento no processo de formação e (iii) verificar possíveis alternativas para lidar com a ansiedade no contexto apresentado. Como suporte teórico para a realização desta pesquisa, utilizamos as contribuições dos estudos de Barbosa (2020) e Arnold (2011) sobre a importância da dimensão afetiva no processo de ensinoaprendizagem de línguas e Freeman e Freeman (2015), Cittolin (2002), Ciríaco e Costa (2016) e Sampaio e Stobäus (2017), quanto à ansiedade em contextos de formação docente inicial, dentre outros autores. Com base nos dados gerados por meio do questionário aplicado com seis professores de inglês em formação inicial, verificamos os seguintes resultados: (i) a ansiedade (muitas vezes associada ao medo) é compreendida como um sentimento negativo que, em geral, limita o indivíduo quanto ao seu desempenho e agir; (ii) os fatores extrínsecos são predominantes para desencadear o sentimento de ansiedade por parte dos nossos colaboradores; e (iii) a maioria dos colaboradores evidencia a importância dos professores formadores no auxílio ao enfrentamento do sentimento de ansiedade durante o processo de formação.