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A maneira que a criança e a infância são compreendidas na sociedade é objeto de estudo de variados campos do conhecimento, por ser um aspecto de grande relevância em questões como as práticas parentais, práticas pedagógicas e as políticas públicas implementadas para este público. O desenvolvimento da categoria social infância sempre esteve alinhado com a evolução da estrutura familiar e até hoje esse núcleo auxilia sobremaneira o desenvolvimento da criança nos aspectos morais, biológicos, emocionais, cognitivos e sociais. Este trabalho visa analisar, através de pesquisa bibliográfica, o papel da família na trajetória histórica e social da infância, para tanto, foram propostos como objetivos específicos: investigar a mudança do papel da criança na sociedade; compreender o papel da família nessa mudança de perspectiva sobre a criança e analisar os marcos legais que comprovam a centralidade que a criança passa a ocupar na contemporaneidade entrelaçando com a importância das instituições de educação e da família. A fundamentação teórica baseou-se nos estudos clássicos de Ariés (1981) e outros autores complementares (Pinto, 1997; Montandon, 2005; Piaget, 1975;1977), configurando-se numa pesquisa qualitativa descritiva. O arcabouço teórico foi extraído dos estudos realizados nos diferentes componentes curriculares e na experiência do programa de extensão vivenciadas durante a formação acadêmica da autora, como também de pesquisas realizadas em bancos de dados digitais (google acadêmico, Scielo e repositórios institucionais) por meio de termos que se inter-relacionassem com o objeto de estudo, como: “aspectos históricos da infância”; “infância como construção social” e “práticas parentais”, buscando respaldo para nosso trabalho em outros estudos. Constatou-se que a família foi um importante agente na configuração da infância enquanto categoria, a partir da sua diferenciação em relação às outras fases da vida humana reconhecendo as suas especificidades. Foi verificada a importância da estrutura familiar para a criança nos aspectos do seu desenvolvimento moral, emocional, biológico, cognitivo e social, sobretudo na fase da primeira infância. Constata-se na atualidade que as políticas destinadas à infância estão voltadas para a integralidade na educação da criança. Nesse sentido, ressalta-se que o entrelaçamento entre as estruturas família e escola é um pilar fundamental para o alcance desses objetivos e consequente efetivação dos direitos da criança. |
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