Resumo:
A presente pesquisa tem como objetivo analisar as principais práticas restaurativas e sua
viabilidade nos casos de violência doméstica contra as mulheres. Mesmo com a evolução
legislativa em prol das mulheres, os índices de violência continuam elevados,
demonstrando a insuficiência da política criminal ora adotada. A Justiça Restaurativa
refere-se ao modelo jurídico-penal de solução de conflitos que visa incluir intensamente
o infrator, a vítima e a sociedade, procurando-se uma solução consensual. Diante disso,
indaga-se: qual a efetividade da prática da Justiça Restaurativa nos casos de violência
doméstica contra as mulheres? Qual a contribuição desse modelo de resolução de
conflitos para uma política de maior atenção à vítima e ao agressor? O tema é atual e
relevante do ponto de vista social e acadêmico, já que a Justiça Restaurativa é reconhecida
pela Organização das Nações Unidas (ONU) e apresenta-se como um avanço direcionado
à resolução de conflitos. A metodologia aplicada para o trabalho foi do tipo bibliográfica
de caráter descritivo e explicativo. Ao final, conclui-se que a Justiça Restaurativa é uma
prática que pode trazer diversos benefícios nos casos de violência doméstica contra as
mulheres, restabelecendo vínculos, proporcionando reparação do dano e, sobretudo,
resgatando a cidadania que foi fragilizada pelo ciclo da violência.
Descrição:
RIBEIRO, Yuri de Lima. Violência contra as mulheres e justiça restaurativa: a importância de políticas voltadas para a vítima e o agressor. 2018. 52f. Monografia (Especialização em Meios Consensuais de Soluções de Conflitos) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.