A docência enquanto sonho e realidade possível: histórias, memórias e práticas educativas de três irmãs pedagogas

Abstract

Este estudo, de cunho biográfico, tem por objetivo geral conhecer as trajetórias de vida, formação e atuação docente de três irmãs professoras residentes do Município de Gado Bravo-PB, entrelaçando suas biografias com a história mais ampla da educação brasileira, a feminização do magistério do Brasil Império à atualidade e as políticas públicas educacionais desde 1990. O recorte histórico-temporal destacado neste estudo compreende os anos de 1990 à atualidade, por contemplar o período em que foram iniciadas as vidas docentes das professoras entrevistadas, que atualmente são docentes no quadro de professores da cidade de Gado Bravo-PB. A memória foi nesta pesquisa o fundamento teórico metodológico, neste sentido, as memórias das professoras foram obtidas por meio dos relatos orais, os quais foram guiados por entrevistas semiestruturadas, por sua vez elaboradas e aplicadas na Monitoria do Componente História da Educação, que serviram como estrutura fundamental para desenvolver a pesquisa, auxiliando nas discussões sobre o exercício da docência, as possibilidades, desafios e limites inerentes às práticas educativas, bem como a importância de tornarem-se professoras e a realização do ―Sonho de Infância‖. Fundamentados nos estudos teóricos de Almeida (1998), Avelar (2010), Delgado (2006), Del Priore (2009), Freire (1996), Ghiraldelli JR. (2001), Ghiraldelli JR. (2009), Kulesza (1998), Louro (2007), Rosa (2011), Tanuri (2000), Uekane (2010) e Vianna (2002), e as entrevistas, podemos afirmar que a intencionalidade das mulheres ao longo dos anos continua a mesma, uma vez que buscam ocupar seu local de atuação na comunidade e na sociedade em que vivem. Além disso, verificamos que a presença feminina na educação em seus anos iniciais ainda é predominante feminina e o passar dos anos não apagou as intensas movimentações para centrar na figura feminina a mediação educacional e o cuidado das crianças tanto nos lares quanto nas escolas.