Resumo:
Partindo do pressuposto de que os meios de comunicação não apenas informam através de seus conteúdos, mas também forjam discursos, ideias e ditam comportamentos (NAVARRO, 2006), entendemos a revista como um veículo que produz com foco no leitor e nos paradigmas da época na qual circula. A presente pesquisa tem como objetivo investigar como se deu a representação da mulher negra nas revistas femininas Vogue e Marie Claire, durante os anos de 2016 a 2020, através da metodologia de análise de conteúdo (BARDIN, 2O11) foram analisadas 117 edições, dentro do recorte temporal citado. Por meio da pesquisa qualitativa, buscou-se analisar as características e elementos que constituem a representação do corpo da mulher negra nas capas das produções analisadas, levando em consideração o contexto social de cada uma delas. Foi-se também levando em consideração o conceito de estereótipos definido por Lippman (1992), para assim poder solidificar as descrições das análises e contestar os tipos de visibilidades que essas mulheres vêm tendo nessas edições. Com o resultado obtido é possível afirmar que, apesar de existir uma crescente aparição de personalidades negras nas capas das revistas analisadas, ainda é um número irrisório se comparado ao número de mulheres negras que formam a sociedade brasileira, ainda há a confirmação de discursos cheios de estigmas e estereótipos, delimitando os espaços pertencentes a esse grupo.
Descrição:
LIMA, J. de S. A representação da mulher negra nas revistas Vogue e Marie Claire: análise de conteúdo das capas de 2016 a 2020. 2021. 76p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Jornalismo). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021.