Resumo:
A saúde brasileira passou por grandes avanços desde a Constituição Federal
1988, no entanto, ainda apresenta implicações quanto a seu financiamento.
Motivo pelo qual continua sendo discutido como algo complexo e incapaz de
demandar recursos suficientes à toda população, tornando sua gestão
desafiadora. Diante dessa realidade, surgiu a necessidade de entender como de
fato se comporta o financiamento e a gestão da saúde para munícipios
estreitamente dependentes de repasses federais. Sendo por isso que
analisamos os dados de São Sebastião de Lagoa de Roça – PB, um município
pequeno e muito dependente dos repasses do governo federal. O objetivo deste
trabalho é analisar o financiamento e a gestão da saúde, em São Sebastião de
Lagoa de Roça, à luz da Administração Política. Para tanto, foi realizado um
estudo de caso, onde se entrevistou o secretário de saúde e o prefeito; uma
pesquisa documental, baseada nos dados do SIOPS (Sistema de Informações
sobre Orçamentos Públicos em Saúde) e da ANFIP (Associação Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil); de abordagem quanti-quali e
descritiva, quantos aos objetivos. O SUS (Sistema Único de Saúde) apresenta
um orçamento insuficiente, e isso tende a se agravar por meio da Emenda
Constitucional 95, da Desvinculação de Receitas da União, das renúncias fiscais
e das mudanças que podem ocorrer sobre a obrigatoriedade de investimentos
em saúde, feitos pelos municípios. Por isso, é interessante continuar
acompanhando as políticas adotadas e seus reais impactos à sociedade.
Descrição:
FARIAS, M. dos S. Desafios para o financiamento e gestão da saúde pública: um estudo de caso sobre a realidade de São Sebastião de Lagoa de Roça - PB. 2019. 28f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 2019. [Artigo]