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A economia tem sido afetada negativamente com as oscilações causadas devido aos impactos
sofridos ao longo dos anos, como por exemplo a última crise de 2020 que afetou os preços dos
barris de petróleo, consequências dos acordos internacionais de mercado, juntamente com o
início da pandemia de COVID-19. Cenário esse que interfere no desenvolvimento econômico
nacional e global, visto as consequências causadas com a interferência nos valores dessa
commodity, o preço dos combustíveis é o mais afetado. Entre o período de 2019 e 2021 o
mercado brasileiro tem se deparado com uma alta gradativa no preço da gasolina, e além dos
fatores econômicos, um dos principais alvos para justificar esse aumento estaria presente nos
tributos que refletem sobre o preço final, mais precisamente o ICMS. Desta forma, a pesquisa
tem como objetivo geral analisar o comportamento da incidência do ICMS e o seu reflexo sobre
o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final-PMPF nos estados brasileiros no intervalo
entre 2019 e 2021. Sendo utilizada a abordagem qualitativa e quantitativa, foram recolhidos e
analisados todos os dados e informativos referentes às arrecadações de ICMS realizadas nos
estados brasileiros sobre o preço da gasolina disponibilizados pela Confaz, como também, os
Atos Cotepe com os dados referidos ao PMPF. Com isso, a partir dos dados obtidos foi possível
analisar que no intervalo de tempo analisado, o preço final da gasolina apresentou um aumento
considerável em relação aos dados iniciais, mesmo em meio aos impactos e a recessão frente a
uma pandemia que estagnou o mercado por um período de tempo. Outro fator é que a
arrecadação dos estados continuou subindo, e com isso, foi possível verificar que a partir do
início de 2021 o ICMS sobre o preço da gasolina, em termos monetários, acabou disparando,
chegando à marca de R$1,78 do imposto sobre o litro da gasolina, valor esse que acomete um
percentual de aumento que chega a 47% em relação ao primeiro valor observado em janeiro de
2019 que era de R$1,21. Desta forma é possível concluir que o ICMS apresentou um aumento
elevado em seu valor monetário, representando boa parte da parcela que constitui o preço final
desse combustível, mas que esse aumento é justificável considerando que o tributo incidente é
afetado pelos custos de produção levado ao mercado pela Petrobras na distribuição do produto,
e o aumento desses custos eleva o valor do tributo que é cobrado ao final da cadeia de consumo,
elevando o PMPF. |
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