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O atual cenário gerado pela COVID-19 provocou uma crise de emergência em saúde pública, em todas as esferas da sociedade. Na educação, em especial ocorreram mudanças repentinas Nosso principal objetivo foi analisar as políticas e ações de cuidado e educação das crianças de 0 a 5 anos, no contexto de pandemia, em instituições de educação infantil paraibanas além de compreender quais os principais limites e desafios enfrentados pelos professores, crianças e famílias. A pesquisa foi realizada em 8 municípios paraibanos. Utilizamos a metodologia qualitativa tendo como técnica de produção dos dados um questionário elaborado no aplicativo google forms. Nossos principais interlocutores foram: Campos e Durli (2021), Macêdo e Dias (2006), Cordeiro (2021), dentre outros. Os resultados apontaram que, apesar dos pareceres e portarias lançados durante a pandemia, por órgãos governamentais, constatamos que esses atores políticos não levaram em consideração a real especificidade da Educação Infantil nesse processo. Professores necessitaram trabalhar mais, pois precisavam ministrar aulas em formato remoto e elaborar tarefas para as crianças que não possuíam acesso à internet, as famílias precisaram auxiliar as crianças a realizarem as tarefas escolares, mesmo sem formação específica, para tal tarefas e as crianças foram confinadas em suas casas, sem conato com professores e outras crianças tendo que se adaptar à nova realidade, confinadas em suas casas, sem interagir e brincar com seus pares. Por fim, mesmo com inúmeras tentativas de continuidade das atividades, no formato não presencial, muitas famílias se encontram em situação de pobreza dificultando, assim a participação das crianças nas atividades remotas. Essa dificuldade se ampliou, em virtude da ausência de políticas públicas que garantissem o acesso e participação das crianças às atividades remotas, com um mínimo de qualidade, através da oferta pública de internet e equipamentos eletrônicos adequados às necessidades das crianças. Face ao exposto, concluímos que a oferta de ensino não presencial , nos municípios pesquisados, foi precária e excludente, sem a necessária formação e garantia de condições de trabalho adequadas aos professores para exercerem a docência, além de responsabilizarem as famílias, para além daquilo que se constitui sua função. |
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