Percepção sobre o ensino-aprendizagem de Química em tempos de pandemia de alunos do terceiro ano do Ensino Médio

Abstract

O ensino de Química no ensino médio mostra-se pouco eficiente no que diz respeito ao desempenho e resultados das provas e testes que os alunos se submetem, gerando questionamentos sobre a forma como o conteúdo tem sido abordado. O objetivo desse estudo foi avaliar a preparação dos alunos no último ano do ensino médio para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em escolas da rede pública durante a pandemia, além de investigar os métodos de ensino e os fatores que causam desinteresse pela disciplina. Para isso, foi utilizado um questionário (Google Forms), divulgado nos grupos escolares. Essa divulgação foi realizada durante a pandemia, causada pelo Covid-19, durante o mês de outubro, período este de aulas remotas. Foram elaboradas 13 perguntas, sendo 11 questões objetivas e 2 questões discursiva. Dentre os resultados obtidos, constatou-se que o ensino de Química vem ocorrendo de forma pouco eficiente, visto que um dos objetivos é formar cidadãos autônomos intelectualmente. Isso fica evidente quando 96% dos discentes avaliados revelam que mudariam algo na forma como o professor promove a aula. Assim, por estes resultados, percebe-se que a ação do professor tem sido de transmissão de conhecimentos, quando, na verdade, este aluno deveria estar sendo protagonista e desenvolvendo seu pensamento crítico e sua capacidade de solucionar problemas. Além disso, os alunos se sentem pouco motivados e preparados, inclusive a realizar o ENEM. Uma das formas apontadas por eles para tornar as aulas mais dinâmicas, seria com utilização de experimentos em sala de aula. No entanto, sabese que muitos problemas são encontrados pelos professores, como por exemplo os excessos de alunos por turma, falta de estrutura ou de recursos pedagógicos nas escolas além da falta de formação específica na área. De forma geral, conclui-se que deve haver um maior investimento por parte do poder público em laboratórios e materiais para experimentos, para que os professores exerçam sua didática de forma mais eficiente e com o intuito de ativar a curiosidade e o interesse dos alunos pela ciência além da formação ser específica para a disciplina.