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Nos últimos anos, sob vários enfoques, a Educação Étnico-racial tem se
tornado uma temática relevante no contexto das discussões sobre formação de
professores, justamente pelos desafios e silenciamentos desse tema nas escolas.
Graças ao movimento negro e aos negros¹ em movimento de luta decolonial, a
educação brasileira passa por processos de mudanças. No campo da legislação
educacional, podemos citar, por exemplo, a Lei 10.639/03 (BRASIL, 2003) e seu
impacto na Educação nos últimos 20 anos. Assim, o objetivo desse artigo é apresentar
um relato autobiográfico sobre o processo de escolarização de uma professora negra
em formação, visando problematizar a importância das Educação das relações étnico raciais nesse contexto. Assim, este trabalho é pautado na linha de pesquisa
autobiográfica que contempla a memória docente como forma de reflexão para
desenvolvimento acadêmico-profissional. Para tanto, apresentamos uma breve
revisão teórica abordando alguns aspectos históricos e dispositivos legais que
normatizam o ensino-aprendizagem da cultura afro-brasileira e a educação étnico
racial no contexto escolar, com base em autores como Oliveira (2021), Reis e Andrade
(2018); Rocha (2019), Silva (2007) Soares, Rodrigues e Martins (2019), dentre outros.
O relato autobiográfico encontra-se organizado em função da Escolarização de uma
menina negra na escola e da Formação de uma professora negra. Conclui-se que
para avançar na compreensão do desenvolvimento da política antirracista na
educação por meio da implementação da Lei 10.639/2003 e suas Diretrizes
Curriculares Nacionais, bem como, conhecer seus limites, saber ações e opiniões de
gestores, docentes e estudantes, faz-se necessário mapear e analisar as práticas
pedagógicas que vêm sendo realizadas nas escolas e nas universidades, sendo
importante ouvir os principais sujeitos desse processo. |
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