A educação de gênero e a escola em defesa da vida

Abstract

O tema educação de gênero é alvo de várias discussões perante à sociedade, dentre elas estão a forma com que nossas crianças recebem informações sobre o próprio corpo e os corpos das outras pessoas; a sexualidade no tocante às suas escolhas e ou características (físicas, estéticas, comportamentais); as diferenças entre gêneros, bem como sobre o papel da escola como formadora de conhecimento, personalidades, valores, modos de convivência e respeito aos direitos humanos para todos/as, independentemente das diferenças, que são fundamentais à valorização da vida. Nessa conjuntura, o presente trabalho tem como objetivo analisar a relevância da educação de gênero para o reconhecimento e respeito aos direitos humanos e, assim, auxiliar na constatação de que esse reconhecimento exalta a valorização da vida, corroborando a formação em valores desde a infância, tendo a escola como coparticipante nesse processo. Para atender ao objetivo proposto, desenvolveu-se uma metodologia baseada na abordagem qualitativa, nos moldes da análise documental, centrada na análise do Decreto municipal nº 6.950/2018, que tinha como finalidade proibir professores/as da rede de educação pública e privada do município de Campina Grande/PB de trabalharem com materiais relacionados à “ideologia de gênero”, e também aos que assim viessem a ser considerados pelos pais, curadores ou responsáveis. Conclui-se que nas escolas, campo da pesquisa, não têm se dado a devida atenção à educação de gênero e, por isso, as profissionais participantes da pesquisa não se sentem preparadas para a abordagem. Por fim, ressalta-se que é irrefutável a relevância de se trabalhar a educação de gênero para o reconhecimento e respeito aos direitos humanos, como também combater injustiças motivadas por diferenças desta natureza, tais como feminicídios, importunação, estupros, homofobias e outras. Esse tipo de educação exalta a valorização da vida e deve corroborar com a formação em valores desde a infância, tendo a escola como coparticipante.