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É um fato inegável que o número de obras homoeróticas tem crescido nas últimas
décadas de acordo com muitas razões que incluem, por exemplo, a Revolução
Sexual iniciada nos entornos dos anos 70, bem como a despatologização da atração
física e afetiva pelo mesmo sexo e/ou gênero. Além disso, outros aspectos
importantes foram os movimentos para enfatizar a chamada “Revolução Sexual”,
como parte dos Estudos de Gênero, liderada principalmente pela comunidade
LGBTQIA+ e, consequentemente, o afrouxamento, ainda que resistente, da
represália social contra as formas antes consideradas desviantes de sexualidade.
Portanto, objetivamos analisar Me chame pelo seu nome (2007), de André Aciman,
que narra a atração e desejo entre o narrador-personagem Elio, um rapaz italiano de
dezessete anos, e Oliver, um estudante estadunidense de vinte e quatro. Para tal
proposta, consideramos como suporte teórico autores como Bataille (2020), Costa
(1992), Barcellos (2006), Foucault (2020) e Richardson e Robinson (2020), de modo
a compreender como o conceito de homoerotismo pode ser interpretado na obra
considerando desejo, continuidade, vontades internas e, especialmente,
demonstrará como a morte desempenha um papel principal nos movimentos
eróticos. |
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