Divulgação, comunicação e tradição: a memória de quem viveu a história do maior São João do mundo

Abstract

O Maior São João do Mundo, realizado desde 1983, em Campina Grande tornou-se grande por diversos fatores. A divulgação da festa, reconhecidamente, ajudou no processo de difusão e consolidação da identidade cultural e no calendário de eventos da cidade, da Paraíba e do Brasil. Essa divulgação se deu e se dá, ao longo dos anos, via contribuição da imprensa e dos seus profissionais na internet, no rádio e na TV. Partindo da premissa de que o jornalismo exerce função social importante, este artigo tem como objetivo reunir relatos e memórias daqueles que ajudaram, direta e indiretamente, no processo de divulgação do Maior São João do Mundo. A partir desses relatos e com o respaldo de metodologias que valorizam a oralidade junto à pesquisa, se constrói um conjunto de informações históricas fundamentais para o entendimento da importância dos profissionais de imprensa na divulgação da festa em um tempo histórico que antecede as mídias digitais. Como resultado das entrevistas, percebe-se a centralidade do rádio como meio de propagação dos festejos, bem como de uma rotina jornalística bem diferente do que se pratica na atualidade. Os pressupostos teóricos que guiaram esta produção, discutindo sobre Memória Coletiva, História Oral e Testemunho foram autores como Halbwachs (1990); Candau (1998); Portelli (1997); Vidal (1990), entre outros.