Resumo:
A presente pesquisa objetiva abordar os indígenas e negros como sujeitos que assumem a língua – o português brasileiro – tornando-se produtor de discursos, manifestando sua identidade cultural. Pretendemos, aqui, tratar da relação do negro e “índio” com a linguagem e sua memória, relacionando-o ao contexto de ensino e formação em língua portuguesa. Para isso, tomamos como corpus livros didáticos do 8º e 9º anos adotados em duas escolas públicas da cidade de Queimadas/PB para investigar como se dá a abordagem do racismo linguístico nos livros. A pesquisa, constituída por método bibliográfico, exploratório e descritivo, por meio de livros, capítulos de livro, problematiza o português brasileiro em sua diversidade de usos e formas, a partir de uma abordagem histórico-comparativa. Como aparato teórico, fundamentamos nossa discussão em Nascimento (2019); Bagno (2006); Alonso(2009); Guimarães (2009). Os resultados do estudo demonstram que a negação e o desconhecimento das tradições indígenas e africanas na formação e consolidação do português brasileiro aponta para um quadro científico que sustenta a mesma hipótese racista, principalmente quando se considera uma linha diacrônica de apreciação.
Descrição:
Bezerra, P. K. S. A ausência de racismo linguístico em livros didáticos do 8º e 9º anos de duas escolas de Queimadas/PB. 2022. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Português).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.