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Este artigo objetiva fazer uma análise dos conflitos existentes no conceito de Lusofonia, tratando especificamente das contradições entre uma definição uniforme de Língua e as realidades diversas que se identificam no espaço geopolítico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Para tanto, nota-se que a uniformização da língua portuguesa não é benéfica para as comunidades linguísticas que compõem a realidade de cada um dos países lusófonos, que têm a língua portuguesa oficialmente constituída em suas Leis Maiores, na própria Constituição. Expondo também de forma específica o multilinguismo no Brasil, em Angola, em Moçambique e em Timor-Leste, investigando-se suas especificidades em cada um dos países sobreditos. Para isto foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, com contribuições teóricas de Faraco (2019), Carneiro (2006), Fiorin (2006), como também com contribuições da Declaração Universal dos Direitos Linguísticos (DUDL) e do Estatuto da CPLP. Respalda-se a necessidade de implementação de uma Política Linguística que não seja voltada apenas para a uniformização da Língua Portuguesa, mas, sim, uma política que olhe para as necessidades históricas das comunidades linguísticas tradicionais, sem caricaturas ou estigmatizações, corroborando e fortalecendo as práticas de convivência, de pleno acesso aos bens culturais, de igualdade de condições para cada um dos sujeitos e para todos que compõem a diversidade heterogênea e contraditória das sociedades lusófonas. |
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