Resumo:
A beleza, no geral, é aquele elemento da estética que suscita prazer e admiração. No entanto, ao longo da história, dependendo da cultura que estava inserida, ou indivíduo que observava, diversas concepções de beleza foram criadas. Neste trabalho, analisamos como o belo era percebido na Era Vitoriana e como foi representado no livro O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde. O autor ficou conhecido por suas teorias esteticistas, seu estilo dândi de ser e pela forma que colocou suas ideias estéticas no romance. Este foi publicado em 1890 pela Lippincott 's Monthly Magazine, e recebeu diversas críticas acerca de sua suposta imoralidade. A história colocou em evidência ideais hedonistas, decadentes, esteticistas, e fazia menção a relações homoafetivas, que, na época, eram consideradas crime. Ao analisar e interpretar as concepções de beleza presentes no romance e no contexto da publicação, buscamos discutir sobre os valores morais da sociedade vitoriana, e avaliar as consequências provenientes da grande fascinação do protagonista, Dorian Gray, pela beleza. Para tanto, seguimos uma abordagem qualitativa de pesquisa para que pudéssemos aprofundar nossos conhecimentos subjetivos acerca do comportamento humano. Além disso, recorremos à uma pesquisa bibliográfica que engloba as contribuições teóricas de Umberto Eco (2010), Baudelaire, Balzac e d’Aurevilly (2009), Fernandes (2020), Gasparelli Junior (2021), do próprio Wilde (2012, 2013, 2014, 2021), entre outros. Na análise, nos propomos a fazer uma leitura sobre símbolos presentes na história e pertencentes ao esteticismo, concepções de beleza, e a degeneração humana do protagonista. Ao final, percebemos que na busca excessiva pelo belo, Dorian Gray perde sua humanidade e beleza.
Descrição:
LIMA. C. A. Culto à beleza em O retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde. 2022. 59 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Letras Inglês).- Universidade Estadual da Paraíba,
Campina Grande, 2022.