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Poéticas do tempo: a espiralidade em Água de Barrela, de Eliana Alves Cruz

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dc.contributor.author Cândido, Amanda Pinto da Silva
dc.date.accessioned 2024-04-30T11:59:12Z
dc.date.available 2024-04-30T11:59:12Z
dc.date.issued 2023-06-27
dc.identifier.other CDD 808.1
dc.identifier.uri http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/31352
dc.description CÂNDIDO, A. P. S. Poéticas do tempo: a espiralidade em Água de Barrela, de Eliana Alves Cruz. 2023. 44 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Português) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023. pt_BR
dc.description.abstract A literatura afro-brasileira é tecida pela instersecção de diversos saberes, memórias e culturas, o que provoca deslocamentos nas concepções literárias canônicas, como também oferece novas possibilidades de reflexão acerca dos discursos literários. Nesse sentido, este trabalho, de caráter bibliográfico, objetiva analisar como a noção da espiralidade do tempo, na narrativa Água de barrela (2016), de Eliana Alves Cruz, confronta a lógica linear, uma vez que as duas temporalidades são representadas na obra. Para essa análise, sob a perspectiva dos estudos decoloniais, nos embasamos nas contribuições teóricas de Anibal Quijano (2005) e Walter Mignolo (2017), a fim de compreender a lógica linear enquanto mecanismo colonial que regula o tempo/espaço das personagens em contexto de subalternização. Tendo em vista que as temporalidades das personagens em análise partem das cosmovisões africana e afrobrasileira, nos valemos dos pressupostos de Sodré (2017), Oliveira (2007), Martins (2021) e na leitura e tradução de Santos (2019) acerca do pensamento filosófico de Bunseki Fu-kiau, com o objetivo de compreender como as tradições Nagô e Bantu oferecem o conceito de ancestralidade como subsídio para pensar o tempo. Além disso, utilizamos os conceitos de encruzilhada e performance, elaborados por Martins (1997; 2021), a fim de analisar como a noção temporal africana se reconfigura no contexto brasileiro. Com base nessa abordagem metodológica, compreendemos que o conceito de tempo espiralar, ancestralidade e performance se entrelaçam em um mesmo circuito de significado. Nesse sentido, o tempo espiraliza quando o corpo performatiza saberes e memórias ancestrais, o que resulta na interação entre os tempos passado, presente e futuro. Desse modo, identificamos a representação do tempo espiralar em Água de barrela (2016), a partir da análise das personagens, as quais se inscrevem como temporalidades espirais, à medida que confrontam os mecanismos de regulação da lógica linear ao agenciarem movimentos alinhados aos princípios éticos ancestrais. Assim, as personagens transformam o tempo-espaço em um lugar de autonomia e possibilidades, recriando novas cartografias de vida. pt_BR
dc.description.sponsorship Orientador: Prof. Dr. Luciano Barbosa Justino pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Literatura afro-brasileira pt_BR
dc.subject Tempo espiralar pt_BR
dc.subject Eliana Alves Cruz pt_BR
dc.title Poéticas do tempo: a espiralidade em Água de Barrela, de Eliana Alves Cruz pt_BR
dc.type Other pt_BR


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