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O artigo intitulado “A representação da leitura e dos leitores em Quarto de despejo: diário de uma favelada (2014), de Carolina Maria de Jesus” tem como objetivo principal investigar a (s) perspectiva(s) de leitura da personagem-narradora assim como os modos de leitura presentes na obra. Os objetivos específicos são: discutir a relação da personagem-narradora moradora da periferia com a leitura, assim como identificar as concepções, funções e os valores atribuídos à leitura subjacentes ao discurso da personagem; analisar o (s) lugar (es) históricos e culturais ocupado (s) pelos leitores na periferia dos anos de 1950 a partir das vivências e reflexões da personagem narradora. A escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, mulher negra, pobre, favelada, catadora de papel, mãe solteira e escritora, nasceu em Sacramento, interior de Minas Gerais, no dia 14 de março de 1914, mas na década de 30, em busca de condições melhores mudou-se para Franca, São Paulo, onde trabalhou como lavadeira e, em seguida, como empregada doméstica. Ficou conhecida a partir do livro Quarto de Despejo: diário de uma favelada (1960/2005), mas escreveu outras obras como: Pedaços da fome (1963), Provérbios (1965), e Casa de Alvenaria (1961); Diário de Bitita (1986); Meu estranho diário (1996); Antologia pessoal (1996); Onde estaes felicidade? (2014). A sua voz gerou grande impacto no âmbito das letras, pois através de palavras simples a narradora personagem relata o contexto histórico e cultural dos anos de 1950 de moradores da favela no Brasil, denunciando as desigualdades, injustiças e as péssimas condições de vida dos moradores das favelas no país. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica centrada na leitura e análise do livro. O escopo teórico que norteia a pesquisa aqui realizada é definido por Roger Chartier (1998, 1999, 2001), Magnabosco (2002), Magda Soares (1985), Vygotsky (1998), dentre outros. |
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