Resumo:
Este trabalho investiga o discurso humorístico e autodepreciativo presente na série Fleabag (2016-2019), explorando como as relações de poder e a historicidade das mulheres do século XXI influenciam na subjetividade de seus discursos. A análise se baseia na primeira temporada da série e utiliza como embasamento teórico a perspectiva foucaultiana. A protagonista se comunica diretamente com o público, quebrando a quarta parede, e utiliza o humor satírico para abordar os desafios da vida, estabelecendo uma conexão íntima com os espectadores. Ao expressar suas inseguranças e frustrações através do humor autodepreciativo, ela busca estabelecer uma identificação com o público. Além disso, a pesquisa explora o impacto das coerções do discurso machista sobre a autoestima e a identidade das mulheres, evidenciado pelas subjetividades autodepreciativas retratadas na série. Fundamentando-se nos Estudos Discursivos Foucaultianos, a análise busca compreender as relações de poder e subjetividade presentes nos discursos humorísticos da série. Utilizando uma abordagem documental, o trabalho analisa os episódios 1 e 4 específicos da primeira temporada, utilizando conceitos de Foucault para desvendar as nuances do humor autodepreciativo e suas interseções com as dinâmicas sociais. O trabalho contribui para o entendimento do papel do humor na construção das identidades femininas e na reprodução de padrões sociais e de poder. Assim, a conclusão sintetiza descobertas e reflexões sobre identidade, gênero e poder na cultura contemporânea, à luz das subjetividades retratadas na série.
Descrição:
GOMES, T. M. Uma análise da subjetividade da personagem Fleabag na perspectiva foucaultiana. 2024. 21 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Português) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.