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A Imprensa Alternativa na época da Ditadura Civil-Militar era constituída de periódicos independentes da mídia convencional, com o objetivo de servir como oposição ao regime totalitário que foi imposto no Brasil no período de 1964 a 1985. Cerca de 150 jornais alternativos foram criados nos anos da Ditadura (Kucinski, 1991), com diversos temas, como os políticos, humorísticos, feministas e até mesmo sobre os direitos da comunidade LGBTQIAPN+. Estes periódicos visavam, por meio da comunicação, auxiliar a população a lutar contra o regime imposto e exigir os seus direitos políticos de volta. Em meio a muitos protestos, a campanha das “Diretas Já” marcou o país e o poder de manifestação do povo brasileiro. A campanha era a favor da Emenda Dante de Oliveira, que propunha eleições diretas para Presidente da República e demais cargos eletivos. Neste viés, o periódico Pasquim foi essencial para a divulgação da campanha e na atuação contra o regime militar. Por meio da Análise Documental, examinando as edições do Pasquim disponíveis no site da Biblioteca Nacional e em um acervo físico que contém cerca de 30 publicações, o trabalho visa mostrar a importância da Imprensa Alternativa em tempos de governos autoritários, mais especificamente, na época da Ditadura Civil-Militar. No período da campanha pelas eleições diretas, entre 1983 e 1984, o jornal publicou 106 edições, nas quais 17 capas dedicadas às Diretas Já, seja como assunto principal da capa ou secundário. Estas menções foram dadas em forma de textos opinativos, charges, convocações para manifestações populares, críticas e denúncias. A Imprensa Alternativa foi uma ferramenta importante da oposição ao regime militar e se consolidou enquanto espaço de resistência dos grupos e partidos de esquerda e a favor dos direitos humanos, auxiliando a sociedade, assim como os próprios jornalistas, a reconquistarem os seus direitos. |
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