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Na obra Garotas Mortas (2014), a escritora argentina Selva Almada mescla dados jornalísticos com memórias pessoais, em que denuncia casos de feminicídio através da literatura e oferece uma incisiva visão crítica de uma sociedade violenta e machista, além disso, busca dar vozes às vítimas silenciadas. No enredo, relata o assassinato impune de três jovens da década de 1980, o que intensifica a indiferença social e institucional. Partindo desses pressupostos, delimitamos como objetivo, a busca por identificar como Selva Almada utilizou o gênero romance reportagem para relatar os feminicídios e analisar a negligencia das autoridades políticas no caso das três jovens apresentadas em Garotas Mortas (2014). Nesse sentido, a pergunta que guia a pesquisa é: ¿os feminicídios relatados na obra são fontes de preocupação das autoridades públicas e da sociedade? Teoricamente, nos embasamos nos estudos de Elsa Drucaroff (2011) para falar sobre a literatura contemporânea na Argentina; discutimos sobre o gênero romance reportagem a partir dos estudos de Rildo Cosson (2003); Sobre feminismo e a crítica feminista seguimos os conceitos de Bonnici (2007) e Lucía Zolin (2007), entre outros. A natureza da pesquisa é bibliográfica, de acordo com Gil (2002). Percebemos que Almada, através da obra Garotas mortas, não apenas documenta os casos de feminicídio, como também, os transforma em um poderoso grito por justiça, utilizando sua escrita como ferramenta de sensibilização e mudança social, consagrando-se como uma figura relevante da literatura contemporânea e da Nova Narrativa Argentina. |
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